Outro dilema

Posted: segunda-feira, 28 de junho de 2010 by gui in
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Parece maldição, parece covardia. Sei dizer que não está certo, sei lamuriar esperando um remédio. Sou uma ilha, distante de qualquer lugar, distante de qualquer pessoa, distante. Avoado, distraído, minha mente se perdeu na última viagem, se distraiu com algum pássaro que voaria por ali. Mãe, o que eu fiz? Mãe, por que não posso ser como os outros garotos? Mãe me diz o que acontece, quando se sobrevive ao invés de viver? Pai, por que você nunca me diz nada? Por que vocês estão chorando? Agora tudo vai ficar bem, toda a dor vai acabar. O que eu faço agora? Não tenho mais ninguém, não tenho mais aonde ir, eu apenas não gostaria de ser aquela ilha deserta, tão distante, parada, sem vida, esperando o pior, esperando o fim. Anime-se, levante dessa cama, o dia está lindo. O dia foi feito para quem sabe o valor de viver um dia após o outro. Vamos viver então. Não sei viver, não aprendi na escola, minha mãe não me ensinou. Não é algo que se ensina, você tem que viver. Viver? Pra que? Se para morrer não tenho que levantar da cama, não tenho que escovar os dentes, não tenho que me levantar, a morte faz tudo por mim, basta ficar aqui, esperando. Então você prefere morrer a dar uma chance a si mesmo? A morte me é mais atraente, ela vem toda de preto, parece àquela garota, que uma vez vi em um show de uma banda de rock. Qual é o seu problema? O que a vida te fez para ser tão desprezada? O que a vida me fez para merecer atenção?

Hmm.

Posted: domingo, 6 de junho de 2010 by gui in
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Sem razão para escrever, você não vai ler, não vai entender. Sem forças para pensar, em algo que não seja automático, clichê. Sem inspiração, para inventar uma composição, absurda para atrair atenção. Chegou a hora. Chegou? Que dia é esse que me persegue, parece que já dormi 40 horas. Dormi? Ainda não vi o amanhecer. Que peso é esse que não me deixa levantar, que me prende na única ação de olhar no relógio? Relógio esse que já nem marca mais as horas. Desgastou-se e ruiu, devido a quantidade de olhares, com a espectativa de que já tivera passado algum tempo, suficiente para me confortar. Falhei ao tentar, porque tentei falhar. Sei o que pode parecer, que eu não sei me expressar. Hoje posso ter me esquecido. Hoje pode ter sido um dia ruim. Hoje eu posso ter me descontrolado. Hoje não haverá amanhã, hoje o meu relógio parou.