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Posted: sexta-feira, 27 de agosto de 2010 by gui in
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Só pra não dizer que eu não postei nada em agosto.

Aquência

Posted: segunda-feira, 12 de julho de 2010 by gui in
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Que se fodam todas as palavras, sentimentos, pessoas, ações. Que se foda esta "coisa" que atravessa minha pele, quase que com desprezo à minha resistência. Me pego receoso, amaldiçoando o tempo que o levara a vencer a mais perfeita, gelada e impenetrável armadura que a dor construiu sob meu coração. Este mesmo que foi absorvido e, agora faz parte da mesma armadura. E me restou apenas uma casca, com um grande e negro vazio. Confortável até seria, se o mesmo vazio se conformasse com a situação em que estara. Mas aquela casca que o protegia, ainda tinha vestígios daquela "coisa" que o confortou durante muito tempo, e fez parte dele. Até que ela o abandonou, e todo o conforto foi se transformando vagarosamente em uma dor insana, indescritível, que o consumiria a partir dali, até o resto de sua existência. O coração então começou a secar, e então aquela "coisa" que o aquecia deu lugar ao frio. Agora a mesma "coisa" que o aprisionou, parece ter amadurecido, e aprendido a buscar dentro daquele vazio, o coração esquecido. Não quero ser consumido por outra dor, não quero me recompor. Maldito coração, que me apunhala cada vez que a encontra em meus pensamentos, tentando me adular para que o liberte e o deixe cair no precipício outra vez. Talvez desta vez não haja um fim no precipício, talvez desta vez não haja o que secar, e não reste mais nada de mim para recompor. Sei que é egoísta, e que eu devo me deixar viver. Mas as marcas que esta "coisa" deixa, não cicatrizam, não curam, é uma ferida aberta. Na primeira você escapa, a segunda...

The chronicles of life and death

Posted: sábado, 10 de julho de 2010 by gui in
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Você vem para o frio, você está coberto de sangue, todos eles estão tão contentes por você ter chegado. O médico corta o seu cordão umbilical, te entrega para sua mãe, ela jogou você livre nessa vida. E onde você vai? Sem destino, sem nenhum mapa para te guiar. Você não poderia saber que isso não importa, todos nós terminamos na mesma. Estas são as crônicas de vida e morte e tudo que se relaciona. Estas são as histórias de nossas vidas, tão fictícias quanto elas podem parecer. Você entra neste mundo, e você sai do mesmo jeito. Hoje poderia ser o melhor dia da sua vida. E é o dinheiro que fala neste mundo, é isso que os idiotas dirão. Mas você descobrirá, que este mundo é só uma parada de idiotas. Antes de você ir, você tem algumas perguntas, e você quer respostas. Mas agora você está velho: frio, coberto de sangue, exatamente do jeito que tudo começou. Hoje poderia ser o melhor dia.. Hoje poderia ser o pior dia.. Hoje poderia ser o último dia da sua vida.
É a sua vida.. é a sua vida.

Interrompido

Posted: quinta-feira, 1 de julho de 2010 by gui in
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Talvez agora eu devesse te dizer algo, ou não. O silêncio sempre conforta mais. Eu sei, e sei que você sabe, mas não sabemos o que. Poderia ser diferente desta vez, poderia. Eu deveria mudar, deveria. Como é isso? Essa coisa de mudar? Um dia você acorda, põe seu casaco, sai na rua, e de repente é outra pessoa? Como as pessoas conseguem ver que você mudou, quando nem você mesmo percebeu isso? Como se muda? Como se deixa de ser um idiota? Um arrogante, estúpido, egocêntrico, frio, distante. Um cara fodido que talvez só precise arrumar um bom emprego, uma bela garota. Talvez o problema das pessoas, seja acreditar que as outras pessoas irão resolvê-los para elas. Pessoas como eu, olhando para o escuro, esperando que a salvação saia de lá e nos ilumine, esperando por um milagre, por esperança. Sentimentos que já esquecemos, e pensamos ter perdido. Esperando algo que nunca vai chegar. Infelizmente somos feitos de carne e osso. Infelizmente não podemos esperar por toda a eternidade, que o milagre aconteça. Infelizmente ele nunca vai acontecer. Infelizmente eu sou mais uma dessas pessoas. Infelizmente o meu milagre não aconteceu. Felizmente minha hora chegou.

Outro dilema

Posted: segunda-feira, 28 de junho de 2010 by gui in
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Parece maldição, parece covardia. Sei dizer que não está certo, sei lamuriar esperando um remédio. Sou uma ilha, distante de qualquer lugar, distante de qualquer pessoa, distante. Avoado, distraído, minha mente se perdeu na última viagem, se distraiu com algum pássaro que voaria por ali. Mãe, o que eu fiz? Mãe, por que não posso ser como os outros garotos? Mãe me diz o que acontece, quando se sobrevive ao invés de viver? Pai, por que você nunca me diz nada? Por que vocês estão chorando? Agora tudo vai ficar bem, toda a dor vai acabar. O que eu faço agora? Não tenho mais ninguém, não tenho mais aonde ir, eu apenas não gostaria de ser aquela ilha deserta, tão distante, parada, sem vida, esperando o pior, esperando o fim. Anime-se, levante dessa cama, o dia está lindo. O dia foi feito para quem sabe o valor de viver um dia após o outro. Vamos viver então. Não sei viver, não aprendi na escola, minha mãe não me ensinou. Não é algo que se ensina, você tem que viver. Viver? Pra que? Se para morrer não tenho que levantar da cama, não tenho que escovar os dentes, não tenho que me levantar, a morte faz tudo por mim, basta ficar aqui, esperando. Então você prefere morrer a dar uma chance a si mesmo? A morte me é mais atraente, ela vem toda de preto, parece àquela garota, que uma vez vi em um show de uma banda de rock. Qual é o seu problema? O que a vida te fez para ser tão desprezada? O que a vida me fez para merecer atenção?